quinta-feira, 23 de setembro de 2010

James Labrie - Static Impulse ( 2010 )

- Versatilidade independente



Após cincos anos do lançamento de Elements OF Persuasion, o vocalista do Dream Theater resolveu apostar novamente na carreira solo, acertando em cheio desta vez com o arrebatador Static Impulse. O album será lançado somente no dia 28 de Setembro, mas como de praxe, vazou antes da data oficial. Não poderia deixar de compartilhar esta pérola com vocês.

Com este novo lançamento, a sensação é de que James Labrie não teve mesmo medo de experimentar. A banda é formada por Peter Wildoer ( bateria/vocais de apoio ), Marco Sfogli ( guitarra ), Ray Riendeau ( baixo ) e o amigo de longa data Matt Guillory ( teclados/vocais de apoio ). Com um time de peso formado, é certo que este album soa como um gol em final de copa do mundo.


" Este é o metal moderno, tão pesado e relevante quanto qualquer banda que vai na mesma direção musical. Há riffs que vão explodir sua cabeça e melodias tanto no instrumental quanto no vocal que são hipnóticas. "
- James Labrie


O que o ouvinte encontra aqui é uma fusão muito interessante entre o metal progressivo e elementos do death metal melódico, com direito a guturais de Peter Wildoer. O album conta também com um ótimo trabalho de mixagem e masterização feito por Jens Borgen ( Opeth, Katatonia ).

Os músicos parecem se encontrar no apogeu da inspiração, criando ótimos momentos e atmosferas pegajosas.


Entre os muitos destaques, One More Time, Jekyll Or Hyde, Mislead, Euphoric, Over The Edge e I Tried. Incrivelmente, o melhor ainda fica para o final com Coming Home. Esta é certamente uma das melhores músicas da carreira de James Labrie.

Recomendo e saliento, agora já é possivel imaginar uma carreira solo brilhante do vocalista canadense que agora se mostra independente do Dream Theater.

Mais um forte candidato aos melhores do ano!



- Tracklist

01. One More Time (4:16)
02. Jekyll Or Hyde (3:46)
03. Mislead (4:18)
04. Euphoric (5:09)
05. Over The Edge (4:20)
06. I Need You (4:11)
07. Who You Think I Am (3:57)
08. I Tried (3:58)
09. Just Watch Me (4:18)
10. This Is War (4:30)
11. Superstar (3:32)
12. Coming Home (4:29)
13. Jekyll Or Hyde (demo) (3:48) *
14. Coming Home (alternate mix) (4:23) *


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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Battalion - Underdogs ( 2010 )

- Começo Triunfante e Suicídio


Muito tem se falado sobre a evolução do metal. Questiona-se muito se o estilo deve seguir com novas misturas que originam novos rotulos, ou se deve ser mantida a caracteristica old-school. Por fim, cada um defende seu partido.

O certo é que nos ultimos anos, o cenario encontrou uma maneira de agradar a gregos e troianos. Tem de tudo para todo mundo. Bandas que buscam fazer um som mais moderno, procurando ainda uma identidade única, fazendo misturas cada vez mais diferentes - por vezes estranhas - e outras que lutam para manter vivo o espirito do metal dos anos 80.

Um movimento que tomou forma e muita força é o Thrash revival. Nomes como Warpath, Havok, Evile, Warbringer, Violator, Bonded By Blood e Hexen são bandas da nova geração que vem lutando contra a maré, erguendo a bandeira do Thrash old-school.

E a tropa de elite não está sozinha. Recentemente, juntou-se a eles nessa luta mais uma grande promessa do estilo, BATTALION.



O quarteto suíço que iniciou suas atividades em 2006, lança em 2010 seu primeiro e ótimo album, Underdogs. Composto por 11 músicas que mostram forte influencia de Metallica, Exodus e Annihilator, o CD ainda conta com uma capa muito bem desenhada. Um verdadeiro presente para os fãs de thrash metal.

Curioso e interessante, as três ultimas músicas do album tem uma influência discreta do power metal europeu.

Vale a pena bangear!

OBS: recentemente, o guitarrista Cyril Etzensperger se suicidou. Em nota no site oficial da banda, os músicos alegaram que o guitarrista estava cansado de viver e se matou em sem proprio quarto. Suas ultimas palavras foram: " Sorria quando você pensar em mim ".



Deixo aqui esta homenagem a um guitarrista jovem que infelizmente interrompeu sua vida e carreira de futuros promissores.

- Formação

Silvan Etzensperger - Vocal/Guitarra
Cyril Etzensperger (R.I.P)- Guitarra
Lukas Marti - Baixo
Samuel Riedener - Bateria

- Site

www.battalionmilitia.com

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Rage - Strings To A Web [ 2010 ]

- Reafirmando a relevância




É curioso pensar que existe um alfabeto de bandas incriveis pouco cultuadas no Brasil. Algumas fazem e fizeram história no heavy metal e possuem uma discografia extensa, ainda assim, não tem público e/ou condições de fazerem shows com frequência por aqui. Em pauta no Code Metal, um dos protagonistas deste assunto, Rage, grupo alemão que só veio cair na graça dos fãs brasileiros em 2005, epoca em que completava 20 anos de carreira, após tocar na primeira edição do Live'N'Louder. Depois do lançamento do bem sucedido Carved In Stone, a banda entrou em estúdio para gravar o vindouro segundo album com André Hilgers ( Silent Force, Axxis ) nas baquetas, que teve a dificil missão de substituir o idolatrado Mike Terrana, este considerado por muitos como um dos melhores bateristas do estilo.


“ Este álbum mostra todas as diferentes faces e características e eu acredito que seja a maior e mais variada gravação que já fiz. "
- André Hilgers


Strings To A Web é um album muito inspirado, porém complexo. O tipo de CD que as pessoas geralmente não gostam tanto na primeira ouvida. Detalhes aqui fazem toda a diferença. Produzido pelo renomado Charlie Bauerfeind, o disco tem muita dinâmica, além de apresentar aquelas passagens imprevisíveis características do Rage.

O album começa com a animada The Edge Of Darkness, que por mais contagiante que seja, não é a melhor faixa de abertura da banda.

Hunter And Prey
segue com muito peso e um refrão que fica na cabeça.

Into The Light poderia ser uma faixa de Carved In Stone. A obscuridade e melodia dessa música arrebatam o ouvinte de primeira. Destaque para o trabalho de guitarra de Victor Smolski, o guitarrista russo que prova porque é considerado um dos melhores guitarristas da atualidade.

The Beggar's Last Dime é inconstante e possui um refrão que cativa. O destaque aqui vai para o Peavy, com um trabalho vocal maravilhoso. Mais um grande momento do disco.

Chegamos ao melhor e mais complexo momento do album, Empty Hollow. A música conta com a participação da Lingua Mortis Orchestra e é dividida em cinco partes: Empty Hollow, II: Strings To A Web, III: Fatal Grace, IV: Connected e V: Reprise. A precisão da banda em cifrar a melancolia é assustadora. A sequência chega ao climax na parte IV. A atmosfera rica criada pela cadência da bateria e baixo, seguida por um excepcional lick de guitarra e um trabalho vocal perfeito faz desse o melhor momento do album.

Saviour Of The Dead
possui riffs muito p
esados e um solo pra lá de despojado de Victor Smolski.

Hellgirl
começa com um riff que flerta com o hard rock, mas não se engane, é apenas um flerte. Aqui o refrão também é bastante animado.


O riff que inicia Purified vai fazer sua cabeça balançar! A música é rápida e possui um refrão melódico.


Quem conhece o Rage, sabe que esta é uma banda que sabe fazer ótimas baladas e acerta em cheio aqueles que gostam de baladas tristes. Through Ages é uma dessas músicas. Curta, limpa e envolvente.

Tomorrow Never Comes
fecha o album de maneira otimista. Mais uma faixa ' alto astral ' do disco. O ritmo de alguns riffs chega a ser dançante!



“ Estou muito orgulhoso do álb
um, nós raramente soamos tão inspirados e é absolutamente um marco em nossas carreiras. ”
- Peavy Wagner


As viúvas de Mike Terrana podem até reclamar sua falta, mas é inegável que André Hilgers é um grande baterista. Então, ponto para o Rage que vem lançando ótimos albuns. Agora só nos resta torcer para que a turnê do novo album passe pelo Brasil. Eu vou!

Tracklist:

01. The Edge of Darkness
02. Hunter and Prey
03. Into the Light
04. The Beggar's Last Dime
05. Empty Hollow
06. II: Strings To A Web
07. III: Fatal Grace
08. IV: Connected
09. V: Empty Hollow (Reprise)
10. Saviour Of The Dead
11. Hellgirl
12. Purified
13. Through Ages
14. Tomorrow Never Comes



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